As crianças são muito observadoras e têm uma predisposição natural para aprenderem. Nos primeiros anos de vida, são uma verdadeira esponja e estão sempre a absorver informação.
É por meio da observação que as crianças imitam os adultos e outras crianças. E a imitação é um dos recursos mais valiosos de que as crianças dispõem para aprender, que influencia no seu desenvolvimento cognitivo, social e da linguagem.
E é muito interessante percebermos que a imitação enquanto recurso de aprendizagem acontece desde o primeiro dia de vida do bebé. Um artigo muito interessante que lemos sobre este tema explicava que os bebés parecem nascer predispostos a criar interações com membros da sua espécie. As capacidades imitativas parecem envolver uma base adaptada para uma espécie caracteristicamente social aprender sobre o mundo. Há indicações de que os bebés estão predispostos a responder de forma selectiva a comportamentos sociais – que se pode verificar pela imitação do sorriso, pela retribuição do contacto ocular e do toque e pela reprodução de sons.
Sendo assim, a imitação desempenha um papel crucial no desenvolvimento e na aprendizagem sobre o mundo, desde o nascimento.
Se observar e imitar são recursos para aprender, tudo o que as crianças observam pode ser reproduzido e apropriado por elas, seja algo positivo ou não.
Não há dúvida de que o adulto é o modelo para a criança. Mais do que seguirem regras, ordens ou palavras, as crianças seguem modelos.
Por isso, vale a pena reflectir: que modelo queremos ser para os nossos filhos e alunos?